domingo, dezembro 10, 2023

Uma Viagem no Tempo Digital: dos Quiosques de Informações Turísticas à Era da Inteligência Artificial - Julio Rezende


Em 1989 viajei com meu irmão, José Augusto, para Orlando. Naquela viagem tive a oportunidade de observar como a informática começava a ter seu uso popularizado através de sistemas de informação nas empresas. Chamou-me a atenção os quiosques de Informações turísticas ou impressoras de Concierge, nas quais os usuários, como eu, consigam imprimir informações turísticas que estavam disponíveis em Orlando. Muito interessante.

 

Em 1993 entrando no curso de administração na UFRN já tínhamos algumas disciplinas no currículo ministradas pelo professor Manoel Veras. Ainda nesse período foi possível usar navegadores como Netscape e depois ver o uso dos primeiros motores de busca como o Yahoo em 1994 e o Altavista em 1995.

 

Ao longo das últimas décadas, testemunhamos uma revolução tecnológica que transformou a maneira como buscamos e compartilhamos informações. Esta jornada nos leva desde os Quiosques de Informações Turísticas em Orlando na década de 1980 até a era contemporânea de ferramentas de inteligência artificial, como o ChatGPT. 

 

Nos anos 1980, antes da proliferação da internet, os Quiosques de Informações Turísticas desempenhavam um papel vital na orientação e assistência aos turistas em destinos como Orlando. Esses quiosques ofereciam mapas, guias impressos e informações locais, tornando-se pontos de referência essenciais para quem explorava a região. O acesso a dados era limitado às informações físicas disponíveis nos quiosques, e a interação era predominantemente presencial.

 

Com o surgimento da internet, especialmente nos anos 1990 e início dos anos 2000, a forma como buscamos informações mudou drasticamente. O Google, fundado em 1998, emergiu como o mecanismo de busca líder, revolucionando a acessibilidade à informação. Agora, as pessoas podiam obter respostas instantâneas a perguntas variadas, marcando uma transição para uma era digital mais conectada. Os Quiosques de Informações Turísticas, embora ainda relevantes, começaram a ceder espaço para o acesso online a dados turísticos.

 

Chegamos à era atual, onde a inteligência artificial (IA) assume um papel proeminente. Em 2023, ferramentas avançadas, como o ChatGPT, exemplificam a capacidade de interação intuitiva com máquinas. Essa tecnologia baseada em IA permite que os usuários obtenham informações, resolvam dúvidas e até mesmo participem de conversas naturais com sistemas computacionais. No contexto de turismo, isso significa uma experiência mais personalizada e eficiente para os viajantes que buscam informações sobre destinos, hotéis e atrações.

 

A evolução da tecnologia, desde os Quiosques de Informações Turísticas em Orlando até as ferramentas de IA como o ChatGPT, representa uma narrativa fascinante de como a sociedade se adaptou e aproveitou a revolução digital. O acesso à informação tornou-se mais imediato, personalizado e global. Enquanto nos despedimos dos quiosques físicos, saudamos uma era em que a inteligência artificial se torna uma extensão virtual da nossa curiosidade. Nessa jornada contínua, o papel das tecnologias emergentes promete moldar ainda mais a maneira como interagimos com o vasto universo de informações à nossa disposição.

quarta-feira, dezembro 06, 2023

De Volta às Palavras: We are back!

 Querida comunidade,

É com grande alegria e entusiasmo que venho anunciar a retomada das atividades no nosso querido blog! Após um período de reflexão, inspiração e algumas doses de café, estou de volta para compartilhar ideias, insights e histórias que espero que inspirem, informem e tragam um toque de positividade aos seus dias.

A jornada no mundo da escrita é repleta de altos e baixos, e cada pausa representa uma oportunidade de recarregar as energias, explorar novas perspectivas e voltar com ainda mais vigor. Estou animado para mergulhar novamente neste espaço virtual que construímos juntos.

Preparem-se para uma série de conteúdos fresquinhos e variados. De artigos reflexivos a dicas práticas, passando por histórias inspiradoras, o objetivo é proporcionar uma experiência de leitura enriquecedora e, quem sabe, despertar sorrisos ao longo do caminho.

Agradeço a todos que continuaram a visitar o blog, mesmo durante o meu breve hiato. Suas mensagens calorosas e apoio constante são fontes inestimáveis de motivação.

Fiquem atentos, pois há muitas surpresas e novidades a caminho. Juntos, vamos tornar este espaço virtual um local vibrante, inspirador e acolhedor.

Grato pela paciência, pela leitura e por fazerem parte desta comunidade.

Até logo nas linhas do blog!

Julio Rezende



segunda-feira, julho 27, 2020

Livro Perseverance: Habitat Marte e as tecnologias espaciais - Julio Rezende


Os lançamentos dos rovers Perseverance (NASA) e TianWen (China) e o satélite Hope Mars Mission(Emirados Árabes) despertaram um interesse maior pelo planeta Marte e pela exploração espacial.

Este é o momento de informar que existe uma experiência de pesquisa que pode apresentar contribuições para um futuro habitat em Marte: a estação espacial análoga Habitat Marte.

Perseverança, tradução de Perseverance, nome do rover lançado pela NASA, é também o que se observa na experiência do Habitat Marte sendo o esperado comportamento de pesquisadores e inovadores que desenharão uma nova civilização.

O livro Perseverance: Habitat Marte e as tecnologias espaciais, de autoria do professor Julio Rezende, é um convite para conhecer várias experiências interessantes na área espacial: Marte, o rover Perserverance e outras tecnologias em operação em Marte, os habitats espaciais análogos e a estação espacial análoga Habitat Marte.

O livro será lançado durante a Live Oportunidades na área espacial: Habitat Marte no Habitat às 10 horas do dia 30 de julho (quinta-feira) em evento do InovaBra Habitat. As inscrições podem ser feitas no endereço:

https://www.sympla.com.br/oportunidades-na-area-espacial-o-caso-do-habitatmarte__908638

O livro registra dados da trajetória de empreendedorismo das 42 primeiras missões realizadas na estação espacial análoga autossustentável Habitat Marte desde o início do funcionamento (em dezembro de 2017) até junho de 2020 com a realização de missões virtuais e mais de 180 participantes de mais de 20 países.

 

            O livro está à venda na Amazon no Kindle (digital) e no formato impresso: https://www.amazon.com/dp/B08DQDDGDZ?ref_=pe_3052080_397514860

Mais informações sobre o livro podem ser encontradas no blog www.juliorezende.blogspot.com e em www.HabitatMarte.com.

 

Julio Rezende é professor da UFRN, diretor da Fundação de Apoio à Pesquisa do RN (FAPERN) e coordenador da estação espacial análoga Habitat Marte. Graduado, mestre, doutor em administração e psicólogo pela UFRN. Possui pós-doutorado na University of Central Florida (UCF) e é autor de livros.

quinta-feira, maio 28, 2020

A 90 anos o Zeppelin sobrevoava os céus de Natal. Por prof. Julio Rezende



Natal possui uma grande identidade com a área aeroespacial. 
Comemoramos no dia de hoje, 28 de maio, 90 anos do vôo do Zeppelin nos céus de Natal. Pousou no largo do Teatro Alberto Maranhão. O dirigível havia passado na cidade de Recife e Rio de Janeiro dias antes.
Naquele dia de 1930, o dirigível realizou um movimento circular durante doze minutos, com várias evoluções nos céus da cidade. Tratou-se de uma homenagem ao inventor, político e empreendedor Augusto Severo, o primeiro aeronauta potiguar.
Augusto Severo de Albuquerque Maranhão (1864-1902) foi um dos pioneiros mundiais no desenvolvimento dos dirigíveis. Em 1902, Augusto Severo construiu um dirigível com 31 metros de comprimento impulsionado por dois motores, de 16 e 24 CVs. O teste do dirigível PAX ocorreu em 12 de maio de 1902, resultando em acidente mortal para Augusto Severo e o mecânico Georges Saché.  Seu esforço foi importante para o amadurecimento da tecnologia dos dirigíveis, assim como a escrita da história aeroespacial.
            Naquele 28 de maio, no largo da  Ribeira,  o Zeppelin  pairou próximo à estátua de Augusto Severo e deixou cair um ramalhete de flores naturais, com a seguinte frase: “Homenagem da Alemanha ao Brasil, na pessoa de seu filho Augusto Severo”.
O Graf Zeppelin foi um veículo fabricado da empresa Luftschiffban Zeppelin G.M.B.H. e serviu a uma linha permanente de transporte de passageiros entre a Europa e América do Sul através da companhia Lufthansa.
            Voltando à 1930, imagino como aquele equipamento desafiando o céu e a gravidade, atiçou a imaginação dos natalenses, apresentando-se como algo do futuro que se chega ao presente. 
Vê-se nesse breve relato a importância de se valorizar a história e imaginar como esses exemplos inovadores podem ser úteis para construir uma visão desafiadora. Hoje o nome de Augusto Severo é lembrado ao dar nome ao Parque Tecnológico do RN a funcionar em área da UFRN na cidade de Macaíba. Que a história e a inovação nos ajudem a pensar novos futuros.

Mais sobre o Zeppelin:

Mais sobre Augusto Severo:



segunda-feira, maio 04, 2020

sexta-feira, abril 10, 2020

O que um astronauta pode ensinar sobre isolamento. Por prof. Julio Francisco Dantas de Rezende




O astronauta americano Scott Kelly foi convidado pela organização Explore Mars para comentar sobre como a experiência da solidão de um astronauta no espaço pode ser útil para pessoas comuns lidarem com o momento de quarentena. No streaming, realizado em 9 de abril de 2020, Scott comentou:  Na estação espacial, geralmente estamos sempre muito ocupados, depende da quantidade de atividades de pesquisa científica que necessitamos fazer!
            Destacou também que hoje estamos todos em uma mesma missão: enfrentar uma epidemia, de assumir a responsabilidade de fazermos nosso papel em manter nosso isolamento social. Enfatizou a importância de em qualquer missão na vida, como é esta época, de fazermos um calendário (planejamento) de coisas que precisamos fazer; de cuidar do ambiente (da estação e de nós mesmos) e de procurarmos melhorar esses ambientes (pessoal e coletivo).
A metáfora dos astronautas pode ser útil de muitas formas. Eu, Julio Rezende, um astronauta análogo, também opino sobre a experiência de ser astronauta: nós precisamos ser astronautas de nós mesmos! O que isso significa? Significa, metaforicamente, em sairmos de nós mesmos, como se o nosso corpo físico fosse uma estação espacial e nossa consciência fosse o astronauta que faz uma atividade extraveicular. Existe a necessidade, por um momento,  de abandonar nossa perspectiva pessoal e olharmos nossa vida de uma forma diferente, sob um novo olhar. 
Encarando o período de quarentena como uma missão espacial, quando se está no interior da Estação Internacional Espacial-ISS flutuando no espaço infinito, ou quando não se pode sair para uma caminhada, é muito importante pensar como este período pode ser produtivo.
Seja no isolamento, para combater a propagação do coronavírus, seja no interior da Estação Espacial Internacional, devemos usar nossa imaginação para observarmos o que de criativo podemos fazer neste período. A quarentena pode servir para programarmos a leitura daquele livro que foi adquirido e não lido; 2) Iniciar um curso on line; 3) escrever livros e artigos. É claro que essas sugestões são resultado muito de uma visão pessoal. Isso será importante para a saúde mental.
Além de tudo o que foi dito, este é um momento de mudança pessoal, de escrever uma nova história. Na minha experiência, só comparo agora a quando meu pai adoeceu em 1999, quando completaria 80 anos. Até então era uma pessoa ativa. Observá-lo doente durante 4 anos me fez refletir sobre a morte e a emergência de realizar importantes projetos; que não havia tempo a perder; que deveria observar como poderia contribuir para um mundo melhor. Na minha experiência, o momento atual tem o mesmo significado.
A morte e a nossa finitude é uma importante mensagem e a única certeza que temos. A morte está viva neste tempo de pandemia, sempre lembrada nos noticiários. Steve Jobs, em 5 de outubro de 2011, fez um importante discurso na formatura de uma turma da Universidade de Stanford. Disse: “Lembrar que logo estarei morto é a coisa mais importante que encontrei para ajudar-me a fazer as grandes escolhas na vida”. Desse modo, fica a pergunta: como escrever uma nova história de um caminho de felicidade e responsabilidade? Lembre-se, como o astronauta Scott Kelly destacou: faça um planejamento de como aproveitar este tempo para algo transformador!

Julio Francisco Dantas de Rezende é administrador, psicólogo, professor da UFRN e diretor da FAPERN.

www.juliorezende.blogspot.com

quinta-feira, abril 09, 2020

O lado B do teletrabalho. Por prof. Julio Francisco Dantas de Rezende

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Estou notando que o teletrabalho tem mudado as relações de trabalho, com expectativas ainda maiores quanto aos resultados que cada trabalhador deve apresentar. Sem o contato visual físico, controles e vigilância podem ser maiores à medida que, por exemplo, cobra-se que todos estejam examinando as demandas no grupo do Whatsapp da organização.

O homeworking pode ser nocivo à medida que ele pode promover: 1) Auto-opressão; 2) Estresse; 3) Pensamentos persecutórios; 4) Competitividade/assédio  virtual que não é vista presencialmente; 5) a ameaça à saúde psicológica, vista à real possibilidade de uma demissão em virtude de enxugamento de quadro de funcionários, ou até mesmo falência da organização.
Muitas vezes na situação de teletrabalho, os funcionários: 1)  não possuem um computador adequado, em boas condições de funcionamento; 2)  não têm uma boa internet; 3) acumulam atividades domésticas que competem com as atividades profissionais. As referidas atividades profissionais e pessoais podem entrar em conflito facilmente. Nota-se comumente a interferência de filhos e cônjuges e variados tipos de conflitos que vão prejudicar as atividades laborais. Mães, mais do que pais, podem estar sofrendo ainda mais com essas questões, devido à tradicional forma de distribuição de papeis na sociedade. 4)  muitas vezes não existe um local adequado de trabalho, muitas vezes sem bureau, sem cadeira adequada, pois muitas residências não foram pensadas enquanto locais de trabalho; 5)  falta de ar condicionado ou ventilação adequada, algo relevante em cidades e período quentes do ano, como se observa em Natal.
Além de tudo isso, há um bombardeio de informações de evolução de pessoas doentes e mortes muitas vezes amigos e parentes próximos, relacionadas ao coronavírus. Tudo isso nos chama a atenção gerando distração ou maior dificuldade de concentração no trabalho. Além disso, embates políticos em torno da forma de enfrentamento da pandemia criados pelo presidente, gera ainda mais desatenção aos objetivos de trabalho, tendo em vista debates que incendeiam nas redes sociais. Vivemos tempos difíceis e nada românticos quanto a este tempo de teletrabalho nesta época.

Julio Francisco Dantas de Rezende é administrador, psicólogo, professor da UFRN e diretor da FAPERN.
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www.juliorezende.blogspot.com